a campanha eleitoral deste 2010 tem se mostrado um desastre em todos os sentidos. lamentável.
da discussão de propostas e planos para os diversos setores da administração, quase nada; no máximo, declarações óbvias e mais do mesmo.
das demandas urgentes em áreas como educação, saúde, saneamento e segurança, apenas as mesmas promessas que se repetem há décadas.
sobre meio ambiente, apenas neste segundo turno o tema é pincelado pelos candidatos, com o objetivo claro de trazer para si os votos de marina silva.
sobre novos modelos de relações sociais, novos modelos de produção, de economia e de visão de mundo, apenas o som do vento, apesar de – ainda bem! – a nossa vida já estar inserida nesse novo contexto há muito tempo sem nem mesmo as pessoas perceberem.
nesse deserto de propostas, a opção acabou me vindo clara em função não de algo que tenha me atraído, mas exatamente pelo contrário: do que tem me causado absoluta repulsa.
a forma como um dos lados vem há tempos (des)tratando as liberdades individuais, jogando no lixo conquistas deles próprios; a força com que vem desencavando e trazendo à tona um reacionarismo arcaico, velho, retrógrado, com o perdão da redundância; e, corolário do atraso, o medievalismo escolhido para pautar a doutrinação (no seu pior sentido) de um eleitorado transformado em rebanho cego, desvirtuando e explorando a fé, reduzindo-a a um elemento de manobra desonesto; essa mistura embolorada me fez decidir meu voto, do qual eu faço antes um NÂO sonoro à republiqueta-pobre-de-espírito-tucano-burguesa e um SIM a um outro mundo, que, sabemos, é possível
assim:
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