14 julho, 2010

memórias do brasil central - I

mesa para um

solidão
é escrever
sem pra quem ler/
é sentir
sem com quem/
é olhar pra todo mundo
e ninguém me ver/
é a garrafa
esvaziar lenta/
é as músicas tocarem
e cortarem
sem ninguém pra socorrer/
é desespero em silêncio/
é prestar atenção
no copo de cerveja que espuma/
é querer chorar
e não adiantar

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